domingo, 11 de março de 2007

Antologia Breve 4

ERA UM TEMPO

Onde os búzios que em tudo pareciam
O regresso ao tempo das sereias?
Onde o fogo das mãos que se queimavam
Junto aos corpos que quase enlouqueciam?

Onde o vento cortando inutilmente
As arestas que cedo os revestiam?
Onde a lua rasgada de desejos,
Eclipse de silêncio por momentos?

Era um tempo, alento da manhã,
Em que as árvores cobriam prontamente
Teus seios, vestígios de romã.

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